Communion, primeiro álbum do trio Years & Years surpreende e faz deles a grande aposta da música britânica em 2015.
Nos últimos tempos é notável certa escassez de artistas novos que sejam bons de verdade. Pouquíssimos conseguem se destacar. Esse ano, quem mais vem chamando a atenção do publico é com certeza o Years & Years.
O grupo foi formado em 2010 e de lá pra cá eles lançaram alguns EP’s e alguns singles até que no inicio de julho o tão aguardado álbum foi lançado. Communion trás a maioria das musicas lançadas anteriormente e mais algumas novidades.
O som do álbum é um pop eletrônico similar ao que a Ellie Goulding faz e em Foundation, a primeira faixa do disco, você sente que aquilo poderia facilmente ser algo da discografia dela.
A maioria das músicas são agitadas, porem, diferente do que se ouve hoje em dia no radio, as letras deles não são rasas e sem conteúdo. Os singles Real, Take Shelter, Desire e o maior sucesso deles até agora: King são faixas que, apesar de dançantes, possuem letras mais profundas que muitos sucessos que tocam nas rádios, porem, elas são fáceis e as chances de você ficar cantarolando elas o dia todo são grandes.

O ultimo single lançado: Shine é excelente, uma das melhores do álbum e uma das melhores musicas que ouvi esse ano.
Como em todo álbum, há faixas de menos destaque como Worship, Ties, Gold e Border que apesar de serem só fillers (ou: musicas para completar o álbum) também tem o seu valor e Ties tem potencial para ser lançada como single, o problema é: parece que a segunda metade do álbum soa inferior à primeira.
Há baladas também, como Eyes Shut ou Without que soam quase escondidas em meio as outras faixas e podem passar despercebidas. Memo fecha a versão padrão do álbum, mas deixa a impressão de que faltou algo e mesmo com as faixas bônus 1977, Ready to Love e I Want to Love ainda parece que o álbum não foi fechado de forma decente. É como um livro maravilhoso, uma historia incrível, com um final medíocre.
Apesar disso, Communion é um bom álbum, é dançante, profundo, leve, as vezes vulnerável, algumas músicas tem um toque de dance-pop dos anos 80/90, mas sem exageros. Se julgarmos o conjunto completo da obra, é um álbum que merece destaque e é o melhor que eu ouvi esse ano. E mesmo que muitos achem que eles são o tipo “artista de um sucesso só”, acho que o Years & Years são bons candidatos ao premio de revelação no Grammy e sem duvida é uma banda que ainda tem muito a mostrar.
Deixe um comentário