Esquece as férias. Você tem um mês pra fazer a fita.” Letícia
Apesar de muitos novos elementos terem sido introduzidos neste quinto episódio de A Teia, a sensação que fica é a de que a minissérie não andou nem foi pra lugar nenhum. Boa parte da ação de tirar o fôlego se encontra apenas nos flashbacks (como no resgate de Oliveira, cinematográfico, by air!). Aliás, este flash do passado nos deu a ideia de que a turma de Zés pode ter se conhecida toda na prisão, já que Baroni e Clayton estavam entre os detentos que corriam e atiravam de um lado pro outro no pátio. Quem também estava ali? Ney (Gustavo Machado), que era companheiro de cela de Baroni e, por acaso, ex-marido de Celeste e pai de Ninota.
Este capítulo também nos indicou que a investigação mudou mesmo de localização e vai se concentrar em Curitiba. E que péssima ideia ter deixado Libânio e Taborda em Brasília! Inacreditável um episódio inteiro sem dois de seus melhores personagens.
Macedo “seduziu” o delegado do sul, com a possibilidade de pegar os corruptos da Civil, mas… peraê. Tirando o depoimento do finado Clay, tem mais NADA que indique o envolvimento tão direto de policiais com a compra do ouro. No episódio anterior, vimos os caras da Civil torturando seu informante num voo de helicóptero, mas no tempo atual, nadinha indica um mínimo envolvimento nessa ‘fita’.

Pois bem, Macedo e Germano têm agora o tal do Grego em mãos. E como são iludidos, não? Estavam lá, se achando mais espertos do que o cara, só porque o prenderam com algumas artimanhas engraçadinhas (como simular a batida do carro), Mas Grego foi beeeem mais malandro e conseguiu falar com Baroni, sob a supervisão de um monte de delegado federal, e passar a dica de que estavam sendo interceptados e até a dica de que o ‘rock’n’roll’ estava no ventilador de sua luxuosa cobertura.
E por falar em Baroni, vimos muito de seu universo. Conhecemos praticamente a família toda. Uma das mais importantes ainda teve uma ponta bem pequena, que é Wanda (Inês Peixoto), tia de Baroni e namorada de Suzane (Juliana Schalch). Wanda é uma das maiores comparsas do sobrinho bandido e, pela cara, não é boa coisa. Fiquei com a sensação de que ela é louca, dominadora e sádica.
Mas a descoberta mais importante foi a de que Baroni é o cara que põe a mão na massa do serviço sujo para manter o altíssimo padrão de vida de sua mãe Rosa (Gisele Fróes) e de sua ex-mulher Letícia (Arieta Correa). Ninguém ali vive enganado, não. Todas sabem o que o rapaz faz e querem mais e mais. Tanto que Rosa, apesar da cara de cu o tempo todo, acaba aceitando Celeste e Ninota em sua casa. Já Letícia, essa parece exercer ainda um forte poder sobre Baroni, já que apenas um diálogo entre os dois faz com que o bandido abandone de férias ao lado da atual namorada. E o que dizer do momento de sexo selvagem entre os dois, na mesa do luxuoso duplex? Pobre Celeste, está sempre dormindo no canto que dá, vivendo a vida bandida e fugitiva, achando-se a primeira dama da quadrilha, enquanto a primeira esposa usufrui do luxo e do bem-bom.
Mas é em Celeste (e na necessidade dela de manter a filha em contato com o pai biológico) que pode estar a derrocada de Baroni. Afinal, a esperta e ultrafofa Ninota guardou, sem ninguém saber, o celular interceptado por Macedo e Cia dentro do ursinho. E esse foi o acontecimento mais emocionante do episódio todo.
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