Agents of SHIELD acelera no caminho para o midseason finale com Closure… mas esquece de deixar o público respirar.
Honestamente, não estava esperando isso.” — HUNTER, Lance
Um bom título alternativo para este episódio seria Coulson e o Dia Terrível, Horroroso e Espantoso.
Closure é um episódio com uma missão: colocar as peças no seu devido lugar e começar o xeque-mate que vai concluir este pedaço da temporada. Como um resultado, o episódio acaba sendo naturalmente rápido, com muitos eventos acontecendo em míseros quarenta e cinco minutos.
Logo no começo, o episódio já vai pra terceira marcha sem pisar no breque com a morte de Rosalind. A perda de Constance Zimmer é um infortúnio, justamente porque Roz era uma personagem interessante, que tinha uma química divertida com Coulson e dava a ele a chance de ser algo mais do que “o chefe chato”.
Ao mesmo tempo, a morte de Roz é uma resolução da história da ATCU e a última gota no copo d’água para Coulson, o momento que finalmente faz ele jogar tudo para o ar e perseguir Ward. Durante esses nove episódios, os roteiristas realizaram um exemplar trabalho mostrando porque Ward é o Lex Luthor ou o Loki de Agents of SHIELD.
E apesar de Roz entrar no triste grupo de personagens femininas que morreram para motivar personagens masculinos (um clichê bem cansativo a esse ponto), sua morte acaba sendo aquilo que leva todas as histórias da terceira temporada para o mesmo local: o portal para o planeta alienígena onde o mestre da HIDRA está.
Coulson vingativo é um Colsoun bem marcante, uma bela diferença para alguém que acabou sendo apenas um personagem secundário até agora, especialmente na segunda temporada. O problema é que Coulson vingativo também acaba tirando a chance de outros personagens se desenvolverem.
Qualquer cena no episódio que não tem um relacionamento direto com a vingança de Coulson parece rápida demais, especialmente a tortura de Fitz e Simmons, que estabelece o cenário para uma possível conclusão de seu romance no próximo episódio. Até o grande momento emocional de Ward e Malick parece nada quando comparado a simples cena em que Coulson destrói seu celular ao receber notícias ruins.
A cinematografia de Agents of SHIELD usa esse exagero emocional como desculpa para chegar o mais próximo de seus personagens em closes sufocantes e uma paleta de cores que acaba afogando o espectador. Uma cena em que a câmera vai de um lado de Ward para o outro é uma metáfora visual legal, só que não causa muito efeito quando é sucedida por mais uma cena de Coulson gritando.
Como é o episódio antes do midseason finale, Closure tinha que pegar todos os laços soltos e juntar neles para o próximo episódio dar o nó final. No entanto, podia ter feito essa missão com um pouquinho mais de elegância, não é?
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