A vida que levo atualmente não deixa espaço para uma vida de verdade.” — Oliver Queen
Quando é apresentado um lado mais profundo e vulnerável de uma história, qual acaba sendo o resultado? Um dos melhores episódios da série até o momento. Sim, Salvation foi algo único em toda a temporada, pois quase todos os personagens tiveram destaque, com exceção de Tommy.
O destaque específico de cada personagem não foi apenas o ponto positivo de Salvation. A fuga do já tradicional roteiro de Oliver Queen sob um capuz verde tentando fazer justiça foi um dos ápices. Investir numa história em que Oliver Queen e sua equipe têm que deter um serial killer com síndrome de justiceiro. Tudo bem, ele tinha motivos de querer colocar ordem em Glades, mas agir feito um assassino não foi bacana.
A trama centrada na família Lance desde o retorno de Dinah vem intensificando a importância do núcleo, principalmente de Laurel que ultimamente vinha tendo uma opacidade em suas participações. A esperança de que Sarah está viva vem sendo um dos cliffhangers mais importantes da série ultimamente. O momento em que Laurel consegue informações sobre o paradeiro da moça que na foto aparenta ser sua mãe, achei que fosse um verdadeiro tiro no pé, sendo algo totalmente precipitado, até descobrirmos que a tal jovem não é a caçula da família Lance.
O trabalho em equipe entre Oliver, Dig Diggle e Felicity foi a prova clara de que juntos o trio é imbatível, além do fato de que o segurança e a nerd loira são cada vez mais importantes na vida de nosso vigilante. O vilão do episódio surpreendeu ao invadir os meios de comunicação como forma de mostrar a tortura e o assassinato dos criminosos do Glades, a tensão e o suspense em cima de suas vítimas assim como sua identidade com certeza foi um dos pontos chaves para segurar a atenção do telespectador nesse episódio.

A intensidade emocional dos personagens, seus medos e suas vulnerabilidades foram um ponto muito alto e um tanto quanto interessante. A carga de tensão do Oliver em cima dos fatos, principalmente em sua busca ao The Savior foi algo bem evidente, e ainda mais, através disso deu para perceber um lado mais vulnerável e introspectivo da nossa deusa loira. Ao falhar na tentativa de salvar uma das vítimas do serial killer, a nerd assumiu uma culpa e remorso que mexeu ainda mais com os ânimos de todos, rendendo um dos momentos de maior destaque para a personagem.
A aproximação de Thea e Harper já era algo previsível, e achei incrível de como a entrada do bad boy na história conseguiu dar maior ênfase na caçula Queen. E digo mais, ele sendo outra vítima do The Savior foi uma bela introdução do quanto o personagem ainda poderá ser explorado na série. A incrível sequência dos momentos de tensão quando o rapaz é capturado até o seu resgate é sensacional, e como acontece com os outros personagens no episódio, ele mostrou uma carga emocional muito intensa, convincente de que não era útil para mais nada, até que Oliver então surge para salvá-lo.
Apesar de bem ágil como a maioria das cenas de ação, esse não foi o foco principal do episódio. A revelação da identidade do serial killer e o motivo de seus crimes não foram tão convincentes na minha opinião. E o desfecho? Nem se fala, a morte do vilão foi muito rápida e óbvia. Nessas horas cadê a polícia de Starling City tentando deter a pessoa?
Com certeza a trama da família Lance não chegou ao fim, mesmo com o banho de água fria ao mostrar que a moça de boné nas fotos não era Sarah. Tenho certeza de que ela está viva sim, e com certeza será o cliffhanger perfeito para o surgimento da heroína Canário Negro na série. Essa história tem tudo para ser uma das principais histórias da próxima temporada, e ainda mais tem tudo para unir novamente Oliver e Laurel no próximo ano. Falando no casal principal da série, o encontro dos dois no episódio final serviu como uma quebra de gelo de ambos os lados, pois cada um estava na extremidade de suas vulnerabilidades, e com certeza isso poderá ser um fator para que comece uma possível reaproximação ainda nessa season finale.
E Moira Queen? Sim, ela sem dúvida foi a grande cereja do bolo. Definitivamente o enredo da personagem foi o marco inicial do que podemos esperar dos últimos episódios dessa primeira e bem eletrizante temporada. Malcolm agora com certeza deve saber que foi ela que mandou matá-lo, e o preço por isso poderá vir não em Oliver como eu havia dito em algumas reviews anteriores, e sim em Walter.
As cenas de flashback foram essenciais para nos apresentar a importância da filha de Yao Fei na história. Essas cenas que rolaram em Salvation serão mais que suficientes para um incrível desfecho e reviravolta da trama de quando Oliver esteve na ilha, para a season finale.
PS: O final do episódio foi um indício de que veremos um eletrizante final de temporada, e ainda principalmente um incrível cliffhanger para dividir a primeira temporada da segunda.
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