Angélica pagou o pato por falar demais no BBB 15. Não que falar muito seja pecado, mas num jogo onde se é julgado por atitudes num curto espaço de tempo, a forma de falar ganha extrema importância. Angélica não seguiu a cartilha de Fernanda Keulla de como se expressar dentro e fora da casa. Uma ganhou, a outra saiu, num paredão triplo, com 69%.
Angélica é dona de uma prepotência ao falar o que pensa e o que acha certo. Não soa bem para quem está ouvindo. A sinceridade nem sempre é uma qualidade, se você não tiver um filtro, um bom senso e uma delicadeza ao dizer as coisas. A enfermeira é categórica ao dizer que “eu sou assim e não vou mudar”. Que pena! Mudar, rever conceitos, se reinventar faz parte da vida. E no BBB essas características são essenciais para seguir no jogo.
Foi um paredão de quem diz o que pensa. Os três são marcados por falarem e sofrerem as consequências. Mas, então porque só Angélica foi tachada como tal? Simples, como disse acima: as diversas formas de se falar! Luan, por exemplo, falou de negros, de atos violentos que considera “heroicos”, de atitudes machistas e por aí foi e vai. Mas do jeito que solta esses absurdos parece que estamos vendo um moleque que acha que sabe de tudo, mas que a vida irá mostrar o contrário. Há um consenso dentro e fora da casa de que Luan fala sem pensar e que assim não precisa dar um crédito.

E o que falar de Mariza? Ela sim é totalmente sem filtro. Diz o que pensa de tudo e todos e se atrapalha na explicação. Cria confusão e se faz de confusa, de vítima. Daí cria-se um estereótipo de louca. “Ah, não liga, Mariza é louca, não quis dizer exatamente isso”. Sim, ela quis dizer exatamente aquilo que se ouviu, mas recebe o perdão, principalmente do público, porque a forma da sua sinceridade ferina sai da boca de uma “tia louca”. E quem não tem uma assim em casa?
Angélica fará falta nesse BBB 15. Era o contraponto perfeito para as ações que movimentam a casa. Dos três, Luan não faria falta alguma. Mas a presença prepotente da enfermeira era o último sopro de caos na edição. O caos é necessário. Aquele momento em que nos entregamos, nos revelamos e fortalecemos para o quem em seguida. Fernando passou por um caos particular com a saída de Aline, e suas novas atitudes vêm justamente da necessidade de se reinventar. Agora, se retoma as rédeas da situação e, não ocorrer nenhum abalo nessa dinâmica, muito provável que o teremos na final.
A relutância de Angélica em mudar as atitudes em prol do jogo a tirou da disputa e pode ter prejudicado diretamente suas aliadas. Amanda e Tamires estão demonstrando uma abertura muito perigosa para Fernando as manipularem. Assim voltaremos ao marasmo de outras edições que nem são dignas de notas de comentários.
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