Conferimos o novo filme da Marvel, Capitão América: Guerra Civil, e podemos dizer que o conceito básico da HQ chega com sucesso nas telas de cinema.
Alguém tem que nos controlar.” — STARK, Tony
O confronto entre heróis e vilões parecia repetitivo demais. Que tal herói contra herói? A fórmula já foi usada exaustivamente nas HQs e os estúdios de cinema até que demoraram para considerar este tipo de trama. Mas em 2016 eles perderam o atraso. Tanto que já tivemos a batalha entre dois grandes representantes da categoria.
O que faltou? Um confronto em grande escala. Mas vamos ser honestos: Capitão América: Guerra Civil também não conseguiu isso. Pelo menos não em quantidade! E isso não quer dizer que o filme é ruim, já que conseguiu trazer a essência da clássica história dos quadrinhos, sem muito se aproximar dela.
São histórias completamente diferentes e isso é totalmente aceitável, dada a ambição de um projeto como este e as soluções em entretenimento que podemos ver.

O novo filme dos estúdios Marvel, que marca o início da quarta fase em seu universo cinematográfico, é satisfatório e muito diferente do que você está acostumado, se comparado aos longas anteriores. Tem muito mais história, mas também tem muita luta e humor. Algumas cenas arrancam aplausos dos fãs.
Muito se falou sobre ser um filme dos Vingadores, e não do Capitão América. A dúvida permanece, pois a narrativa é cuidadosa ao expor os ideais que vão gerar as desavenças entre Tony Stark e Steve Rogers. Precisava ser assim. E acaba que temos um filme sobre uma briga dos dois, com seus amigos tomando partido.
Qual o motivo de Steve ser o protagonista desta história? Talvez a ligação forte e clara entre seu ideal nos dias atuais e seu passado, o que o coloca a frente de todo. Ele é sim o motivo da porra toda. Mas apenas por tomar partido, por sustentar sua opinião e por seguir seus extintos sem se preocupar com interesses alheios.
Mas não é só ele que tem a oportunidade de explorar um pouco mais de sua origem. Podemos dizer então que não é um filme dos Vingadores, mas também não é um filme sobre Rogers. O título seria mais justo se fosse “Homem de Ferro e Capitão América: Guerra Civil” e isso é um fato.
As cenas de ação e luta são tão bem produzidas quanto nos longas anteriores. A diferença está no ritmo. Guerra Civil é minucioso nos detalhes que vão dividir seus heróis, e isso toma tempo na narrativa. Ainda assim, o quebra-pau acontece com espetaculares perseguições de moto, lutas entre civis e destruição em massa.
Para dar um jeito nos Vingadores é preciso destruir ainda mais. Então talvez você se pergunte, qual o propósito disso?
Mesmo com dois grupos de heróis muito menores do que na história clássica, o filme encontrou uma maneira saborosa de colocar os dois times para lutar. A sincronia em câmera de todos eles guerreando é entusiasmante. Sem dúvida uma das melhores sequências em todos os filmes dos heróis Marvel.
A chegada do Homem-Aranha e Pantera Negra
Sim, também tem o Homem-Formiga juntando-se ao time e digamos que ele consegue preencher bem a tela do cinema quando se junta ao time. Mas ele teve um longa de origem, portanto vamos falar de Homem-Aranha e Pantera Negra. A realeza de Wakanda não demora a surgir em tela, já que os primeiros momentos do filme se passam em seu país.
Pantera é uma espécie de coringa (não o do Batman) no filme. Está momentaneamente ligado a uma equipe, tem motivos claros para estar, mas conforme a história avança você percebe que ele está pronto para a sensatez. É um verdadeiro herói e podemos esperar por grandes feitos dele nos próximos filmes.
Já Spidey, adolescente que é, traz toda a imaturidade e incerteza da idade. Ele chega um pouco mais adiante na narrativa e realmente rouba a cena e o escudo. É estranho ver o magrelinho que possui super poderes enfrentando heróis robustos e totalmente paramentados. Mas ele não faz feio!
Como já sabemos, o novo Homem-Aranha da Marvel não terá um terceiro filme de origem graças a Deus. Guerra Civil foi eficiente ao apresentar o personagem e seu background, além de formar uma bela dupla e ser responsável por boa parte do humor — como deveria ser.
Também é fácil entender o motivo de Tony Stark participar de Homecoming. Difícil é não se entusiasmar com as cenas deles juntos. 😀
Daqui para a frente
Como primeiro longa da nova fase, Guerra Civil estabelece terreno e aprofunda os personagens como nunca antes. Acerta pontas soltas e mesmo com tanto estrago, fortalece o time de heróis que se mostra cada vez mais maduro.
Só não espere por um final feliz e conclusão, pois como já sabemos, o fim de um longa da Marvel é apenas o começo de outro.
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