As pessoas ficam felizes ao verem um bombeiro aparecer”. — Hermann
A frase de Hermann sintetiza muito bem o que foi este episódio. Chegando a sua reta final, Chicago Fire sempre concedeu um olhar bastante heroico aos bombeiros da Brigada 51. E como foi dito lá no começo das reviews, o povo americano mantém essa relação com os homens do fogo, especialmente depois do trabalho irrepreensível que muitos deles demonstraram nos atentados de 11 de setembro.
Este episódio serviu para colocar um pouco em xeque essa verdade. Toda a população, de fato, encara os bombeiros como heróis? Ao que tudo indica, parece que não é bem assim. O questionamento atinge seu ápice quando Mouch, Boden e Hermann vão ao funeral de um bombeiro aposentado. É chocante notar o velório completamente vazio, com o padre esquecendo o nome do falecido e sem as devidas honras prestadas a bombeiros mortos.
Aliás, Hermann está bastante emotivo nesse episódio. Relembra o tratamento aparentemente frio que sempre recebeu do pai. Pensa que o pai não o tem em alta estima porque preferiu ser bombeiro a seguir o negócio da família. Ainda que previsível, foi emocionante vê-lo visitar a empresa do pai e testemunhar uma vitrine montada pelo progenitor para demonstrar o orgulho em ter um filho bombeiro.
Outro fato evidente do desrespeito de alguns com os bombeiros foi os disparos contra a Brigada 51. Inicialmente, o nome do detetive Voight veio à mente, mas a decisão dos roteiristas foi acertada em não manter mais esse mote por muito tempo. Mais uma vez, Casey mostra sua coragem e encara os traficantes locais de droga que escondiam suas drogas nos hidrantes. Esse moço é valente!

Pena que sua vida sentimental anda um pouco conturbada. Mal se envolveu com Heather e Kelly Severide já aparece para tirar conclusões precipitadas e ressuscitar antigas questões sobre a morte de Andy, bombeiro e amigo de ambos. A situação toda foi bastante forçada e injustificável. Casey tem direito de continuar com sua vida, assim como Severide precisa deixar o passado para trás.
Enquanto isso, Severide aceita ser o doador para o filho de Leslie. Interessante a proposta feita pela loira: gerar um filho do método tradicional. De certa forma, seria um retrocesso para a personagem. Lésbica convicta desde o início da série, estaria a paramédica em uma recaída hetero? Claro que ninguém deve ser rotulado e resistir à Severide não é uma tarefa das mais agradáveis, porém, ainda assim, a solução parecia fantasiosa demais. Ainda bem que não foram adiante com isso.
Mills está quase sendo promovido dentro do batalhão. Mas ainda precisa provar ser merecedor. Seu relacionamento com Gabriela não está em seus melhores momentos e não há razão para isso. Simplesmente, o casal se afastou neste episódio.
Chicago Fire sempre tinha sido muito correta e apenas isso. Contudo, esse episódio foi capaz de levar até os mais céticos às lágrimas. Um enredo envolvendo o resgate de um garotinho que desejava ser bombeiro quando crescesse foi uma ótima sacada para mostrar que estes homens são, sim, verdadeiros heróis. O final evidenciou uma série madura, segura e consciente de onde deseja chegar. Sem dúvida, o melhor encerramento do episódio. Os carros pretos andando em câmera lenta sob a neve e entre um corredor feito pelos bombeiros foi de deixar qualquer um com nó na garganta.
Mostrou de forma exemplificada o porquê esses homens, que arriscam suas vidas para salvar outras, são super-homens!
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