Você foi treinado para proteger. E foi isso o que fez” — HALSTEAD, Jay.
Dois fios condutores narrativos foram abordados em Chicago P.D. esta semana. De um lado, misteriosos assassinatos envolvendo antigos amigos de Hank Voight. Do outro, Jay Halstead convive com a ameaça de sua cabeça a prêmio.
Os assassinatos tinham um fator em comum: os cadáveres eram encontrados com uma nota de um dólar sobre o peito. Um típico serviço de máfia, mas que, na verdade, esconde um passado pra lá de suspeito ao já suspeito Hank Voight.
É complicado enxergar esse policial tendo como amigos de infância chefes de tráfico ou de negócios escusos. Voight parece sempre viver em um limiar entre o que é certo e o que aceitável para não ser considerado violações da lei. Na verdade, Chicago P.D. é mais sobre esse personagem que qualquer outro.

E isso é um tanto quanto ruim, pois, uma vez que tudo gira em torno dele, pouco sobre de desenvolvimento para os demais personagens. Até mesmo Erin Lidnsay, que possui um incrível potencial dentro da série, fica relegada a concordar ou discordar de Voight, ou precisa lidar com um arco narrativo preguiçoso e previsível como é o caso de sua mãe, ex-alcoólatra.
Aliás, que cena foi aquela entre as duas naquele bar? Pareceu extremamente forçada e um tanto quanto deslocada. Se for para se inserir na trama apenas para dizer coisas que o espectador já sabe [a infância complicada de Lindsay e o papel paternal desempenhado por Voight] era melhor não ter ido por esse lado.
Sobre a cabeça de Jay a prêmio, os roteiristas tentaram aumentar o nível de importância dado ao personagem. Ao descobrir que o responsável pelos assassinatos era o filho de uma das vítimas dos gangsteres, Jay utiliza de psicologia para convencer o confuso garoto a se entregar. Tocante sim a cena, mas não o suficiente para que o espectador se importasse com o personagem.
A saída é escalá-lo novamente como interesse romântico de Lindsay, uma vez que ela deixou claro a Severide que, neste momento, deseja ser apenas amiga dele. E salvar Jay na cena final apenas evidenciou ainda mais os rumos que os personagens tomarão. Sinceramente, é um tiro no pé. Afinal, os dois não possuem química. Deverá haver um trabalho bastante árduo para esse casal ganhar reconhecimento.
Destaque para Adam Rusek que demonstrou um lado bastante humano ao lidar com uma testemunha ocular mais jovem. Sem dúvida, graças à condução dele, o caso da semana foi resolvido.
Um episódio bastante morno para uma temporada que começou bem abaixo da média. Vejam as cenas do próximo capítulo.
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