Quem esperou que Dynamic Duets viesse recheado de performances, pode até ter se decepcionado um pouco, já que o episódio chegou a ser econômico musicalmente. Os que esperavam ver mais sobre o que anda acontecendo em Nova Iorque, também ficaram na mão. E, mais uma vez, não deu pra sentir falta disso.
Não que Rachel e Kurt tenham se tornado obsoletos para Glee, mas com as histórias sendo tão bem desenvolvidas no colégio, a vontade é que os dois voltem a fazer parte das histórias passadas em Ohio. E olha que no episódio anterior tivemos uma acontecimento bombástico em NY.
Blaine foi o centro das atenções por boa parte do episódio, o que pode ser preocupante. Mais uma vez, a origem de todo o mal é o rompimento de Blaine e Kurt e, se resolverem entender a história por muito mais tempo, corremos um grande de risco de ver acontecer com Blaine o mesmo que aconteceu com Kurt na segunda temporada — muito drama e sofrimento pra uma pessoa só.
Por enquanto, a história tem sido eficiente, mesmo com o surgimento de um vilão nem de longe bi-curious que é mais feminino que Chris Colfer. A Dalton Academy, aliás, parece mais um colégio interno para meninas, o que fica mais evidente a cada escolha musical do coral — a não ser que as músicas sejam escolhidas pelas primas de doze anos dos integrantes.
De volta ao McKinley temos a história dos duetos, que foram resumidos à Marley/Kitty e Jake/Ryder. Jake e Ryder conseguem resolver logo suas pendências (mesmo que com prazo de validade próximo do fim), aproveitando pra deixar claro que Blake é bem superior a todos os novatos, o que fica bem evidente na performance dos dois — e, lógico, nas cenas entre Ryder e Finn depois do diagnóstico de dislexia.

Sendo Kitty uma Quinn 2.0 (o que vem ficando mais evidente a cada novo episódio), já sabemos que sua relação com Marley vai demorar um pouco mais para ser resolvida, mas tem sido interessante ver a relação que está sendo construída e, nesse episódio, a surpresa de Kitty ao ver o monstro que ela está criando (na cena em que Marley convida Jake para sair).
Beist, além de fazer mais uma de suas aparições que fazem a gente querer poder abraçá-la, está ganhando uma concorrente, hummmmm, de peso (sorry): Mrs. Rose, a mãe de Marley. Vamos todos torcer pra que ela ganhe mais espaço, o que deve acontecer com Marley desenvolvendo um transtorno alimentar.
E, finalmente, o que já vinha chamando atenção, e até criando alguma polêmica, no episódio antes mesmo de sua exibição: as fantasias, que foram usadas para abordar o tema da (falta de) liderança de Finn. Obviamente foi um recurso totalmente dispensável, mas que também não prejudicou em nada o episódio. Na verdade, deixaram o episódio mais dinâmico (pun intended), com aquelas vinhetas bem anos 60/70 e as transições de cenas em formato de HQ. O melhor de Glee é não ter medo de brincar com formatos diferentes. Sem contar que foi ótimo ver Darren Criss empolgadíssimo com a possibilidade de ser um super herói, mas sobre isso eu sou suspeito para falar.
Como eu disse, o episódio foi bem econômico com as músicas. Os Warblers praticamente obrigam Blaine a fazer Dark Side, de Kelly Clarkson. Se alguém conseguir explicar porque eles acham que podem ganhar um campeonato cantando versões a capella das músicas, por favor, me avise.
Jake e Ryder escolheram Superman do R.E.M. para seu dueto e, tirando as caretas de Jake, não deixaram a desejar, apesar de não terem sido páreo para Marley e Kitty com Holding out for a hero, de Bonnie Tyler. Ótimas interpretação (no caso de Becca, ótimo uso do Auto Tune por parte de Nikki) e performance.
Sam e Blaine fazem um versão de Heroes, de David Bowie — mais para a versão do Wallflowers do que a original. Bowie + Darren + Calça vermelha. Preciso dizer mais?
E, fechando o episódio, Some Nights, do fun., pelo New Directions. Ou seja, aquela performance que já está virando tradição na série sempre que tudo termina bem: música duvidosa e roupa vermelha e preta.
Provavelmente, teremos pouca coisa de NY no próximo episódio, já que é dia de Sectionals. Sinceramente, não estou me incomodando tanto quanto achei que iria me incomodar.
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