Em seu retorno do hiato, Gotham se encaminha com dignidade para reta final
Voe perto demais do sol e vai acabar se queimando” — BULLOCK, Harvey.
A espera foi bem longa. Quase um mês desde o último episódio inédito. Mas valeu muito a pena. Gotham voltou com tudo e está a apenas três episódios do final de uma eficiente primeira temporada. Muita coisa aconteceu, como já é de praxe, mas, pela primeira vez, não ficou aquela sensação de correria tão em voga na série. Vamos por partes.
Oswald Cobblepot passou o episódio inteiro demonstrando interesse em comprar um restaurante. Interessante o roteiro manter o mistério ao longo de todo episódio para revelar apenas depois o verdadeiro propósito: matar Maroni. Oswald quer se vingar e tem arquitetado milimetricamente seu plano. Resta saber se dará certo.
E o que foi o quase encontro do futuro Pinguim com o futuro Batman? Quando Gotham consegue fazer esses jogos entre os personagens clássicos, a série ganha muitos pontos.

Por falar em Bruce Wayne, o jovem Batman vai à busca da verdade a respeito de quem enviou o homem para matar Alfred e roubar os documentos. Para auxiliá-lo nessa jornada, Selina Kyle o acompanha. O impressionante é ver o desenrolar dessa história, culminando no primeiro assassinato cometido pela futura Mulher-Gato.
Bruce agora já sabe quem são as pessoas por trás do roubo dos arquivos. O que ele não esperava era descobrir que as pessoas de sua própria empresa não o querem por dentro dos negócios. A limpeza começará dentro de seus próprios terrenos.
Fish Mooney impetrou uma fuga da ilha do Dr. Francis Dulmacher. Mesmo que todo esse arco narrativo tenha servido para introduzir um dos vilões clássicos da mitologia do Homem Morcego, não dá pra torcer muito por Fish. É uma personagem nova, dúbia. Nem o carisma da sra. Smith consegue manter o interesse.
Já o caso da semana foi extremamente feliz por casar duas vertentes ótimas: inserir o Ogro, mais um dos vilões do Batman, e ainda impulsionar o agente Gordon a limpar a cidade. Desde que a série começou, ficou muito claro que seria centrada basicamente na figura de Gordon. E esse décimo nono episódio foi muito feliz nisso.
O atual Comissário Loeb tem feito de tudo para tirar Gordon do caminho, mas não tem se saído muito bem. E ele recebeu muito bem o recado: vai se arrepender de ter mexido com a pessoa errada. No aguardo.
E por último, muito bom ver Milo Ventimiglia com o serial killer O Ogro. Ótima escolha e uma interpretação na medida. Vai render muito.
Fiquem com as cenas do próximo capítulo.
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