A série está quase quase quase no fim, e o tema dessa semana é (outra vez) a relação tensa entre médicos, quando um deles é o paciente.
Dessa vez, no entanto, o médico é o legista do Princeton-Plainsboro Teaching Hospital. E o legal é que ele é realmente bom. Ou pelo menos parece. Ou… ele só está na melhor posição possível pra descobrir o que os pacientes têm… uma vez que ele pode abrir todos eles à vontade.
Só que, o mais interessante, é que ele devia estar no lugar do Chase no começo da série. Sinceramente, eu achei genial. Simplesmente incrível alguém, à esta altura do campeonato, resolver encarar o fato de que o Chase só está na série para deixar tudo mais bonito.
Ele nunca foi o gênio da equipe, como o Kutner, por exemplo, já foi (já assistiu os episódios do Kutner de novo? Ele era o melhor, ele resolveu milhões de casos… e fez uma pessoa pegar fogo, mas…) No fim das contas, a única coisa legal com o Chase nesse final de série é que ele está na equipe desde o início. E… ele realmente não fez nada que mereça destaque…
Antes da oitava temporada, o episódio mais interessante que tem o Chase perto do centro da trama é aquele em que o pai dele aparece e conversa com o House — e a gente descobre por que o House virou médico. É um episódio assim… ontologicamente antológico nessa série.
Então, eu posso estar exagerando e o Chase pode não ser inútil como eu acho que é. Mas só nessa temporada esse é o terceiro episódio do Chase. E os outros dois vieram porque ele foi esfaqueado. E ele só foi escolhido como vítima dos roteiristas porque, sendo o mais antigo na casa e o mais bonito da equipe, as pessoas iam chorar mais por ele do que pelo chato do Taub, pela exótica da Park ou pela insuportável da Adams.

O ponto alto é o Dr. Treiber falando que o Chase era lindo e talentoso e… “nove anos depois, olha o que você fez com isso”.
ENTÃO PEGA ESSA LIÇÃO DE VIDA!
Ah, é, eu também gostei de:
CHASE: Nós fizemos tudo o que o House faria!
FOREMAN: Vocês mentiram para o paciente!
CHASE: [faz cara de “ENTÃO!”]
Do outro lado, por outro lado, o Wilson resolveu tirar três dias de Ferris Bueller, fingindo ser o Ferris da infância dele. É interessante que todo o esforço dele para viver o momento resulta em vários eventos que… só duram aquele momento mesmo. Nada (nada) de importante para a história. Ou, mais importante, para o final da história.
O que vale ali é o conjunto da obra de atividades infantis — o carro, a refeição, as mulheres e um “chupa essa” para toda uma caravana de enterro servem só para dar o último respiro que nós vamos ter até o final da série — via “suposições”.
O Chase foi embora e, considerando a cara dos dois no final do episódio, o que vem por aí é só uma luta lamuriosa e dramática pela vida do Wilson que, a gente espera, vai acabar tão triste quanto quando eles tentaram salvar a Amber. E ninguém liga pro resultado do caso do paciente da vez, já que o paciente de verdade estava “em algum lugar perto de Allentown”.
E o Wilson voltar a ser uma moça sem graça depois de toda a vibe Kyle Calloway era mais que previsível, né? Afinal, “as pessoas não mudam”.
Só mais dois episódios.
O importante agora é o seguinte: descobrir que o Darth Vader é o pai do Luke é uma emoção sem igual que só acontece uma vez na vida. O que a gente espera dessa série é uma emoção que pelo menos se esforce pra chegar perto disso. A única diferença é que nós podemos nos preparar para o final de House.
Então, aproveitem, porque… essa série só vai acabar uma vez.
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