– Eu trabalho lá tem 15 anos e eles ainda me tratam como uma secretária. — Harris, Joan
– O que isso tem haver com eles? Você está lá. E na minha opiniçao isso é impressionante. “ — Kate
Sentimos mudanças em Mad Men. Bem delimitadas a princípio, se fazendo notar no fim da quinta temporada e mais marcantes agora, no início da sexta. É o fim da transformadora década de 60, preparação para a loucura dos anos 70 e podem ser sentidas não apenas na barba e nas franjas dos casacos de Stan, nas costeletas de Pete, no bigode (horrendo) de Michael Ginsberg, na crescente indepedência de Peggy e Joan ou nas atitudes rebeledes de Sally.
Agora uma negra trabalha na SCDP. Antes, num elenco formado apenas por brancos, Dawn, secretária de Don, ganha espaço enquanto personagem.

O consumo de drogas (especialmente maconha) é algo corriqueiro na série. Os executivos, que até então bebiam desesperadoramente, agora também usam LSD e fumam a erva danada.
Formas alternativas de relacionamento, como o casamento aberto de Arlene e Mel (atriz e roteirista do trabalho de Megan) são retratadas. Eles, inclusive, convidam os Draper para uma suruba!
A sociedade americana estava em ebulição e os roteiristas da séries não deixaram passar todas essas trasnformações.
Mulheres obtendo sucesso profissional. Algumas pelo seu talento individual, como Peggy, outras, como Joan, por meios mais escusos. Ela teve que fazer sexo com um cliente e todos sabem disso. Obter respeito de seus funcionários com isso em mente torna-se uma tarefa árdua.
Lamento que minhas realizações foram feitas sob a luz do dia e eu não possa receber as mesmas recompensas.” — Crane, Harry
E esse episódio foi da Joan. Numa girl’s night out ela e uma velha amiga vão para a balada, beijam na boca do mesmo cara e de mais de um homem, no caso de Joan, e bebem todas! Atitudes como essa só mostram como Joan é uma mulher moderna e segura de si, que lida com o trabalho, o filho, a mãe pentelha e ainda é sensacional!
Descobrimos também que Peggy não se importou em manter sua lealdade a SCDP. Ela delimita, nesse episódio, sua condição de adversária e concorrente deixando alguns membros da antiga empresa chateados. Será que essa dissociação da personagem dos integrantes do cast principal significa uma diminuição de suas tramas ou seu tempo em tela? Esperamos que não.
No final, nem Peggy nem Don: um terceiro concorrente leva a melhor sobre a conta dos Ketchup Heinz e a SCDP ainda perde os feijões Heinz. Uma perda enorme para a companhia.
Sinais dos novos tempos também são cenas de beijo na televisão. Um tabu enfrentado por Megan, que precisa ouvir palavras duras de um Don machista e incoerente. Depois de se sentir ofendido pelo trabalho da esposa, ele corre para a amante.
Um grande episódio numa sequência vencedora, que prepara para o próximo The Flood. Se você não gosta de spoiler, não clique abaixo:
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