Foi por amor, não foi, Marinalva?” — Sutão
E não é que esse episódio me prendeu? Mas acho que não do jeito que os roteiristas pretendiam. Foi um misto de sensações nesses 40 minutos, mas a que reinou foi a de felicidade, já que eu não parava de rir.
Tentaram montar um clima de suspense com todos presos na despensa do restaurante digno de filme de terror hollywoodiano, mas claro com a pitada brasileira, e ao invés de um assassino elaborado ou bandidos espertos tivemos capangas de um traficante que só sabiam falar em gírias e “tacar o terror”.
Não, não estou criticando, estou até pra dizer que foram justamente os capangas do Sutão que proporcionaram as melhores cenas. Nunca vi bandidos tão “zueiros”. A cena em que matam o policial parceiro do outro policial que estava preso e o tiro seguido de um sorriso irônico foi muito boa. A cena em que eles conversam sobre matar André ou não enquanto se chamam se papai e titio também, comédia pura.

Por falar em comédia, o grupo de capangas só perdem para Barbara Paes, que foi genial. O modo como ela contou a história com o mafioso argentino, passando de assustada por poder ser a pessoa procurada, a fogosa lembrando da noite com um rapaz, a triste pelo homem ter morrido, foi hilária. E tudo intercalado por expressões faciais bem… Expressivas (pra não dizer toscas).
Já estava óbvio que era realmente Sutão o “sequestrador” e que ele estava atrás de André. O flashback do início do episódio não deixou dúvidas e as histórias de culpa de todo mundo serviu apenas pra distrair o telespectador (no meu caso, fazer rir). E foi quando Sutão chegou e levou André que o episódio perdeu a graça. Que cena mais sem nexo aquela, cheia de coisa desnecessária e com a atuação péssima de Sutão, que é menos expressivo que um poste.
Se o fato de André ainda estar vivo mesmo depois da tentativa de assassinato de Sutão, e o fato de ele não saber que o inimigo ainda vivia, me deixava pasma. Quando vi que ele libertou Marinalva me surpreendi mais ainda. Ele ainda teve a cara de pau de perguntar se o que ela fez foi por amor. Então tá, eu sou um traficante, e uma prostituta com dor de cotovelo entrega meu filho para um assassino com a pura intenção de se livrar dele. Mas ah… Foi por amor né, agora sim, tadinha.
E no final ainda nos foi acrescentado a explicação de André para a morte sem resolução do policial dentro da despensa. Gênio aquele ali, aposto que ganhava todos os jogos de detetive. E Barbara Paes conseguiu fechar o episódio como a ladra mais safa de todas.
PS: Vilões caricaturais, a gente vê por aqui.
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