2 anos, oito meses e 5 dias.” — Nina
9 sessões em 9 semanas. Choveu, fez sol, entregaram pizza, trocaram ataduras e gritaram. E choraram. E sofreram. E terminaram. Numa consistência inimaginável e transformista, as quartas feiras nunca mais serão a mesma sem os dramas de Nina.
Respirei aliviado com este episódio. Aconteceu tudo o que qualquer fã da série poderia desejar. Nina tomou as rédeas da sua vida de volta. Escultural, tivemos pelo menos uma chance de um final feliz para a ginasta, pois agora sabemos que ela tentará se impor diante das suas vontades de forma sólida, sem precisar sentir culpa ou insegurança. Ela agora entende que merece respeito e tem capacidade de seguir em frente.
No início do episódio facilmente percebemos que Nina já estava cheia de peito para enfrentar o pai e não ficou de manha, como esperado. É claro que o pai de Nina a ama, mas o afastamento obviamente causa essa sensação de descaso. É inevitável! Mas ela precisa entender que é natural e que é batalha para se lutar dia após dia. Isso ela fez hoje.
A felicidade de Theo ao ver que os dois se entenderam foi tocante. Deu vontade de chorar! É algo para se levar para a vida: às vezes tentar ajudar pode oferecer riscos, mas se der certo, prova-se ser a melhor sensação do mundo. Entre muitos fracassos, Theo pode se orgulhar de ter Nina na sua ficha de sucessos.

Ela chegou ao fim da sua terapia, mesmo sem declarar o fim, como uma adulta. Parou com a implicância contra sua mãe, e, quando isso aconteceu, eu sabia que caminharíamos para esse satisfatório término. Ficou claro também que o que ela viu na troca de olhares entre Malu e Theo o que ela vai tentar colocar em prática no relacionamento com o seu pai daqui pra frente. Só passos certos, não é?
É necessário destacar o desempenho de Bianca Muller. Fantástica! Estarei torcendo todos os dias para revê-la atuando. Assim como Paulo Miklos que esteve ótimo e bastante convincente. Na cena em que ele esfrega sem querer na cara da ginasta os esforços que fez pelo bem dela no passado, ele simplesmente aniquilou. Estavam com saudades do “A palavra de hoje para Zécarlos Machado”? A de hoje é: perfeito. Edição e direção impecáveis e a trilha sonora hoje esteve em seu ápice.
A despedida foi com balões. Balões esses que estiveram sempre presentes no consultório, não foi? Afinal foi assim que Theo a tratou: ele a encheu, encheu e encheu, mas a fez chegar ao seu objetivo, que nunca foi definido. Sem caminho definido mas com um fio amarrado, uma hora ele será inevitavelmente solto, não é? Enquanto isso, houve alguém quem segurasse. Para a sorte de todo mundo!
E apesar do hélio, a liberdade. E apesar das sombras, o sol.
Acabou!
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