Estamos de volta! O Survivor volta com o twist Blood vs Water, uma das mais bem pensadas reviravoltas em reality shows dos últimos tempos. Para esta temporada, teremos 9 pares de pessoas que se amam: filhos e pais, namorados, maridos, que jogarão uns contra os outros em duas tribos de novatos no programa. E ainda bem que a CBS trouxe jogadores novatos para o Survivor. Depois de quase 5 anos com maioria de jogadores experientes que novatos, um elenco de new faces é essencial para os planos futuros do programa, como (e isso só acontece nos meus mais belos sonhos) um novo Heroes vs Villains (quem sabe na mid-season, não é?).
E para o twits em questão não é necessário um elenco de ex-participantes. Colocar pessoas que se amam uns contra os outros já é garantia de bons momentos de relacionamento. E isso fica muito bem evidente no primeiro desafio. O casal mais competitivo do jogo, Jeremy e Val se colocam no centro das atenções ao competirem entre si no desafio da recompensa. Coloque-se no lugar deste casal: no jogo, há o pressuposto de vencer, por vocês mesmo e pela equipe, mas a sua vitória é a derrota do ente amado. Uma visão a fundo desta relação deve levar em consideração inúmeros fatores. Mas aqui, para o bombeiro e a policial, que estão acostumados a pressão em seus trabalhos. a prerrogativa é vencer.
Uma coisa bacana de se notar é que o twist se basta. Tanto que os participantes receberam cordas, pregos e martelos, o que seria impensado em outras edições. Todo para que o foco fique nas relações humanas, e não no desagaste psicológico que o cansaço produz.

Credito o sucesso da equipe de Jeremy, Hunahpu, a este começo. Eles se sentem muito mais confiantes com a postura de Jeremy no jogo. Ele quis cuidar de Val, mandando um cara que seria provedor junto a ela para Exile Island mas ao mesmo tempo se comprometeu com o grupo de uma forma que eu não seria capaz, pensando que quem eu amo estaria a merce das intempéries, da fome, dos animais. Claro que a sorte de resolver com rapidez o quebra-cabeça ajudou, mas o momentuum está com a equipe azul.
Mas não se enganem, nem tudo são flores na equipe campeã. As alianças já estão se formando e ele, Jeremy, vem tomando o protagonismo da equipe e se juntando às participantes mais frágeis, em tese: Jullie, Kelley e Missy. Ele, além de levar o astral da equipe a outro nível, também é o principal articulador do jogo.
Já na equipe Copoya, fica nas mãos de Josh, o namorado de Reed. Ele, que possui uma grande facilidade em relacionamento, se aproximou tanto dos rapazes quanto das garotas. Mas ele não é bobo, e, como grande fã do jogo, sabe que se colocar o dele demais na reta chamará atenção e será eliminado rapidamente. Assim, ele coleta as informações de cada um dos lados e se abstêm dos votos. Até quando ele poderá manter essa postura, veremos ao longo da temporada.
A situação de Nadiya é exatamente o que temia Jonh, o ex-jogador de Basebol que é antipatizado pelos mais sensatos nos EUA em função de suas inúmeras e polêmicas declarações sobre qualquer um que é diferente dele: gays, asiáticos, negros, mexicanos. O cara é um poço de ignorância e quer, com o Survivor, mudar sua postura. Assim, ele está numa equipe com todos estes esteriótipos que ele um dia insultou. Querer ser reconhecido, não é para ele, pois logo viraria alvo. Nadiya e Natalie são conhecidas no The Amazing Race por serem cruéis com os demais participantes, fazendo uso de retornos e atrapalhando quando necessário.
Assim. a estratégia de Josh foi abster-se mas plantar a semente da desconfiança entre os demais participantes. Enquanto Jonh não é reconhecido e vire alvo, esta estratégia pode ser vitoriosa.
O que vimos foi uma Nicarágua como jamis vimos: natureza exuberante, animais bem próximos às tribos, praias deslumbrantes, muito diferente do lamaçal que foi a tribo que ficou próxima a um delta de um rio em Redemption Island. Ainda senti falta de prova aquática, mas acredito muito que a produção, que evoluiu bastante, vai resolver essa questão.
A Exile Island promete virar o jogo. Val perdeu a chance de minar uma aliança com Keith, e eu espero que os próximos que vão para o exílio não percam esta oportunidade. Até a semana que vem!
Deixe um comentário