Para ser sincero, acho que isso [o caso] é para nos manter ocupados enquanto ele some com a ex.” — RESSLER, Donald
A introdução de novos personagens sempre pode dar uma movimentada numa série que não anda muito bem das pernas. Quando bem aproveitados, há grandes chances de ganharem um espaço cativo na trama e no coração dos fãs. Mas é triste quando vemos personagens com potencial dizerem adeus sem nem mesmo dizerem ao que vieram. A [suposta] despedida de Naomi/Carla resume bem a segunda opção.
Com um pouco mais de gás do que semana passada, esse episódio de The Blacklist trouxe — mesmo que de forma tímida — alguns elementos interessantes e que podem indicar o que vem por aí nessa temporada. E um deles é uma tentativa de aproximação entre Tamar e Elizabeth, ao ela não incluir no relatório do caso as informações colhidas por Dr. Creel. Fica a dúvida se essa aproximação é sincera ou faz parte da missão dela dentro da força-tarefa.
Já sobre Red, ficou mais claro ainda o quanto ele tem carinho por sua ex-esposa. Parece que ele tem mais pontos vulneráveis do que imaginamos, e isso pode ser um prato cheio para inimigos como Berlin. O engraçado é que, para nós, os roteiristas pintam Red como uma pessoa que tem um coração por trás de todos seus atos. Mas pessoas como Tom na primeira temporada e agora Naomi enfatizam que Red não é quem parece ser. Quem será que está com a razão aqui?

O blacklister dessa semana, apesar de não ter sido útil para avançarmos na trama (quando isso vai mudar, gente?), nos deu algumas pistas interessantes sobre a personalidade de Elizabeth. Sabemos que muito do que ela disse durante a “consulta” com Linus é verdade e deu-se a entender que ela tem o tal do “gene guerreiro”. Observando todo o histórico da série até aqui, fica evidente que Red a tem manipulado, apesar de ainda não sabermos ao certo o real objetivo (será mesmo só para protegê-la de Berlin?). Ele tem agido como Dr. Creel agia com seus experimentos; será que algum dia veremos o gatilho de Lizzy ser ativado?
Aos moldes da primeira temporada, esse episódio aguça nossa curiosidade mais uma vez sobre a ligação entre Red e Liz, mas não dá muitas respostas. E assim como essa história não avança, a caça ao Berlin parece ter sido deixada de lado. Esse início de temporada só fez rodar em círculos, o que já está ficando cansativo.
Ele quer algo de você. É um jogo, uma manipulação. Ele fez você sentir uma ligação que faz você se sentir importante de alguma forma. E não há ninguém que pode fazer uma mulher se sentir o centro do universo melhor do que Raymond Reddington.” — HYLAND — Naomi
Nem mesmo o esperado encontro entre Naomi e Elizabeth rendeu alguma coisa. Nada foi dito ali que já não soubéssemos. Acredito que esteja na hora de Lizzy ter alguma vantagem nessa história, e saber por si só algo que Red não queira que ela saiba. Com tantos acontecimentos desde que a série começou, ela já tem forças o suficiente para lidar com o que quer que venha de informação. Afinal, ela não tem mais nada a perder. Porém, no fundo, parece que os produtores estão receosos de liberar informações relevantes, e nos deixam no escuro junto com Lizzy.
Está na hora de The Blacklist valorizar suas tramas principais e começar a dar respostas. Se na primeira temporada o caminho ainda estava sendo traçado — o que justificava a quantidade de perguntas sem respostas -, este já está claramente pronto para ser trilhado sem medo e sem desvios.
PS¹: Vocês reconheceram aquele lugar que Lizzy aparece no final do episódio?
PS²: O que será que Red quer com Jenifer, a filha de Naomi/Carla? Será ela filha dele também?
Deixe um comentário