Onde está Rick e seu grupo? Tanto faz, ninguém se importa!
Por hora, a temporada como andarilhas de Andrea e Michonne (a pronuncia do nome dela realmente é Mixôni) acabou. Elas foram para Woodbury, cidade governada pelo “Governador”, ainda sem nome revelado na história.
Claro que o grande vilão da temporada (e, possivelmente, da série) não seria tão doce, gentil e generoso como se apresentou as duas. O homem é realmente sangue frio. Fez de tudo para que os militares não ameaçassem sua cidade, e de quebra, ainda pegou as armas dos caras. E para quem não percebeu: aquela cabeça que estava no recipiente que foi mostrado no final do episódio era do militar sobrevivente da queda do helicóptero.
A volta de Merle não deixou muito claro suas intenções para com o grupo de Rick. Andrea não o culpou pela morte de Amy. Creio que os roteiristas tenham feito isso apenas para não colocar mais um plot desnecessário na história, já que está mais apertada do que nunca. Merle, com certeza, não estava desejando ser gentil com Andrea, mas foi. Será que por ordem do governador? E se for, por que ele pretende tratar as novas “moradoras” de Woodbury bem?
O governador e aquele doutor fizeram especulações sobre o comportamento dos zumbis. O doutor achou inteligentíssimo da parte de Michonne cortar os braços e as mandíbulas dos zumbis, e ficou mais fascinado ainda por ela ter tirado a função de comer deles, fazendo com que eles não tenham essa necessidade, e nem sintam falta. O governador ficou muito pensativo quando o doutor falava sobre isso. Por que será?

A ausência de Rick e seu grupo foi notada sim, mas não fez falta, pelo menos, não nesse episódio. Os roteiristas preferiram colocar os dois cenários separados. Um em cada episódio. No episódio dois, Sick, Andrea e Michonne fizeram falta, mas eis que nesse terceiro tudo é explicado. Espero que essas divisões não gerem quebras nas histórias de ambos os cenários. Já temos um buraco de sete meses na narrativa e não precisamos mais disso.
O universo de The Walking Dead é simplesmente incrível! Tudo é muito bem costurado. Claro que isso se deve a presença de Robert Kirkman nas produção da série. Por exemplo: quem leu o livro The Walking Dead: a Ascenção do Governador teve uma visão muito mais ampla e clara do Governador que nos foi apresentado, e entendeu principalmente, algumas de suas expressões, e claro, aquela última conversa com Andrea, uma visão que nem mesmo as HQs podem mostrar. Como li o livro, eu entendi o que ele quis dizer sobre seu nome verdadeiro, e essa sensação foi incrível!
– Qual o seu nome verdadeiro? Se não for pedir muito. — Andrea
– Eu nunca digo meu nome verdadeiro. — Governador
– Nunca diga nunca. — Andrea
– Nunca!” — Governador
A atuação desse episódio foi impecável. Sem nenhuma falha por nenhum dos atores, mas a atriz Danai Grurira, que interpreta Michonne merece destaque nessa crítica. Interpretar um personagem com muitas falas é muito difícil, mas interpretar um personagem com pouquíssimas falas, e que transmiti tudo através de expressões é mais difícil ainda. Ela não precisou falar quase nada para entendermos quase tudo o que ela quis dizer. Suas expressões são simplesmente perfeitas. Escolheram a atriz certa para dar vida a Michonne.
The Walking Dead está andando muito, muito bem. Na segunda temporada nós, fãs da série, esperávamos mais e mais zumbis, mas nessa terceira, eu particularmente, quero dissecar a história de cada um daqueles personagens, quero ver como e o porquê de tudo, e sinto que os próximos episódios da série não vão me decepcionar. E finalmente é compreensível a temporada ter 16 episódios, e não 13 . Vamos torcer para que a partir de agora as storylines de Rick e seu grupo mescle com as de Andrea, Michonne, Merle e o Governador.
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