Sim, sim e sim! O que estamos falando há quase um ano finalmente começa a acontecer na TV americana. Desde o boom da Social TV, muitos autores — como Proulx e Shepatin — acreditam que a partir do momento que o hábito de comentar os programas em tempo real nas redes sociais se tornar uma métrica, teremos uma audiência mais “justa”.
Porque se você pensar bem, os tão famosos pontos de audiência não refletem fielmente o sentimento do espectador. Além da forma de medição ser meio complicada — você conhece alguém que tenha o Peoplemeter em casa?! — a impressão do público vai além dos números. E olha que nem estamos entrando no mérito de discutir que a TV é meio um pull, ou seja, que empurra conteúdo para o espectador. O que estamos discutindo aqui é como — muitas vezes — a audiência de uma série não é um espelho do engajamento dos fãs.
Diante do possível firmamento da Social TV como métrica, os números irão se transformar em opiniões; e foi baseado nesse critério que o canal americano CW aprovou o spin-off de The Vampires Diaries. Segundo o Fizzyology,– empresa mede o buzz gerado nas redes sociais — a decisão do canal não foi pautada pelos índices de audiência da trama e sim pelas impressões no Twitter.

Para o Fizzyology, dos 84,856 comentários gerados na rede social no dia 25 de abril, 81% eram positivos. A empresa ainda afirma que a emissora apostou pragmaticamente nas opiniões que os espectadores publicaram durante a exibição do spin-off.
Apesar de ser um instituto de pesquisa respeitado e ter parceiria com os principais jornais norte-americanos, é incerto afirmar categoricamente que The Originals só ganhou novos episódios por conta da Social TV. Mesmo que os números de audiência demostrem que a trama não empolgou muito, enquanto o buzz foi positivo. Porém, o legal disso tudo é ver que o futuro da TV caminha para uma relação mais honesta (e quem sabe justa?) entre as emissoras de TV e o público. A CW, por ser um canal com uma fan base jovem, sai na frente por dar atenção às novas mídias e se desvincular — na medida do possível — do formato quadrado e impessoal da audiência; e é claro do espectador insosso.
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