Um episódio cheio de atos de justiças ansiosamente aguardados
Homens como eu e você sempre querem vingança. Ragnar pensa acima disso.” — ROLLO
Unforgiven começa com Siggy indo até o Vidente se consultar. Ele, apesar de ter feito algumas aparições nessa temporada, não tem se mostrado um personagem extremamente relevante, mas vale um breve adendo histórico: o Vidente que vemos em Vikings é o que os nórdicos pagãos chamavam de seiðmann, um tipo de mago do xamanismo que tinha visões. Na série, ele profetiza coisas e aconselha as pessoas que, em agradecimento, lambem a palma de sua mão. Nojento, né?
Enfim, o Vidente ouve de Siggy que ela quer sua posição da primeira temporada, de esposa do earl, de volta. Nos episódios anteriores ela já dava sinais, mas em Unforgiven fica claro que a namorada de Rollo está disposta a tudo para ter seu antigo status, começando por ceder à Horik e aceitar ir para a cama com Erlendur, filho do rei. Nada pode ser mais estratégico do que ficar na cola de quem está no poder.
Rei Horik, e seus guerreiros estão de volta à Kattegat e loucos para se vingar do Rei Ecbert, mas eles tem um problema: escassez de homens, navios e comida. A saída, que a princípio parece um pouco suicida, é tentar uma trégua com Earl Borg. Rollo é enviado para negociar com Borg, que acaba caindo na tentação da ambição e retorna à Kattegat. A trama que segue é de dar nos nervos, somos levados a crer num possível motim contra Ragnar, que quer se vingar de Ecbert, mas planejou algo ainda melhor e mais engenhoso: encontrar outro parceiro para a expedição, se vingar de Borg e, só depois, partir para Wessex.

Na Escandinávia o tempo fecha e Lagertha coloca um fim na inquietação dos espectadores de Vikings. Depois de uma discussão ela é atacada e espancada no meio da noite. Foi a gota d’água para ela e, aparentemente, para todos na vila. Antes de ser exposta mais uma vez, Lagertha esfaqueia o marido no olho e outro cidadão termina o serviço arrancando fora a cabeça daquele ser detestável. Louvados sejam os deuses!
Falando em Lagertha, Bjorn puxou os genes sedutores dos pais e parece estar se apaixonando por uma serviçal, Porunn — aí mais um nome fácil para guardarmos. Ficamos com a impressão que, além de trazer à luz uma fase natural que ele viveria, o contato dos dois abordará também as engrenagens dos relacionamentos entre classes na época.
Fazendo uma breve parada em Wessex, vemos que Athelstan já está re-convertido. Voltou a se vestir como sacerdote e trabalhar com arte e escrituras, mas coloca em cheque algumas questões quando conversa com Ecbert sobre as semelhanças que ele vê entre os deuses vikings e o Deus cristão.
Rei Ecbert o incumbi de fazer algumas transcrições secretas romanas que ele trouxe de expedições e o alerta: a pena de Athelstan, caso alguma informação vaze, é a crucificação. Ironicamente, pouco antes o ex-viking (podemos chamá-lo assim?) tinha tido uma visão em que suas chagas sangravam. Essa história ainda vai dar muito errado, não precisa ser o Vidente para prever isso.
Voltando à Kattegat, Earl Borg foi emboscado, aprisionado e vê, no meio da noite, Ragnar com uma águia. Não fica claro se aquilo era uma visão ou não, o fato é que o líder viking diz que seria impossível perdoá-lo e o condena a ser executado à la blood eagle e aí a espera pelo próximo episódio torna-se realmente angustiante.
Unforgiven foi revigorante: Lagertha acabou com o causador de seu sofrimento, Ragnar vingou Aslaug, seus filhos e sua vila ao condenar Borg, Bjorn promete trazer um pouco de amor juvenil para a gente… Tudo foi muito bem, talvez bem demais para dizer a verdade.
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