A única relevância de What Might Have Been é ter colocado vikings e franceses no mesmo território.
Aconselho que você mantenha seus amigos bem próximos. Alguns deles morrerão muito cedo e os outros irão te trair.” Lagertha
Antes de chegar à Kattegat, Lagertha e Erlendur tem um diálogo breve e importante. Após explicar sobre a promessa e o motivo que a levou a matar Kalf, a nova earl dá o recado para que o traidor não tente mexer com ela. Erlendur ficou com uma pontinha de medo, mas ele também fez uma promessa para si mesmo e para seu pai, certo?
Por conta do “remédio” e da relação com Yidu, Ragnar continua não parecendo ele mesmo, mas está um pouco menos distante. Comportamentos questionáveis dele durante o episódio: a decisão unilateral de levar os dois filhos mais velhos para Paris, e o fato de ele ter jogado na cara de Aslaug que estar batalhando é mais seguro do que estar com ela. Levar os filhos de 8 e 10 anos para uma incursão é imaturo e arriscado, mesmo para um viking.
Os vikings chegam aos montes em Paris e, só para deixar no ar um possível mal presságio, um corvo faz questão de dar as caras. Floki, um dos personagens mais bem trabalhados de Vikings, fica na corda-bamba entre idolatrar Ragnar ou odiá-lo até a morte. Às vezes Floki soa um pouco juvenil, como um “maria-vai-com-as-outras” que embarca na onda da primeira turma mais descolada que aparece — nesse caso, os irmãos Harald e Haldfan.
Falando neles, Bjorn está atento às atitudes da dupla, que parece ser diferente dos vikings de Kattegat. Eles tem um toque de sadismo que os homens de Ragnar e as guerreiras de Lagertha não tem. Como vê que o pai está desatento, Bjorn sente que tem espaço para liderar e vigiar aquilo que acha mais preocupante.
Além da chegada dos vikings, Paris está entrando em um colapso político. O Imperador e Condo Odo disputam o poder de forma velada, e quem pode sair ganhando com tudo isso é Rollo. Apesar de ter ficado nervoso com a notícia do desembarque dos pagãos, o ex-viking se mantém firme e não dá indícios de que trairia Paris.
Avistar Rollo à frente da tropa parisiense aflora nos vikings um sentimento dividido entre ódio, tristeza e estranheza. Quem é aquele cara pomposo, de cabelo cortado e roupas de veludo vermelho? Nem parece que um dia ele foi esse Rollo aqui embaixo.

Ragnar passou dos limites com seu “remédio”. Altas alucinações e um vício evidente podem prejudicar todos os vikings na empreitada contra Paris. Ele tem visões de seu passado em família, com Lagertha e Athelstan, e nada daquilo faz sentido para quem assiste. Aliás, algumas das cenas de What Might Have Been deixam a dúvida do que é real e do que é alucinação dele.
Wessex ficou de lado nesse episódio. Basta dizer que Ecbert, mais uma vez, maneja a situação para afastar Aethelwulf de casa e agir com poder soberano sobre tudo e todos que estão ali.
Houve uma sensação de déjà vu em What Might Have Been graças ao retorno de Harbard. Ivar e Aslaug ficam bem felizes com a aparição da figura misteriosa, mas a presença dele é garantia de problemas futuros.
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