Fifi abre a reta final dessa temporada com a mesma história de sempre (e que já cansou).
Se quiser brigar, desculpe, eu não tenho forças.” MCGILL, Chuck
Chega de Chuck desbancando Jimmy. Chega do progenitor exemplar usar seus poderes contra o caçula infrator. Esse contexto foi explorado exaustivamente ao longo das duas temporadas da série e cansou.
Better Call Saul, assim como Dexter e Breaking Bad por exemplo, desperta aquele conflito do que é certo e do que é errado graças ao carisma e à construção do personagem principal. Por isso, Jimmy precisa arranjar um jeito de vencer em definitivo o irmão e parar de deixar que o passado continue os assombrando. Jimmy McGill precisa triunfar contra Chuck, Howard e companhia limitada.
Mas vamos à Fifi, que — de forma previsível — deu lugar à reta final da segunda temporada. Jimmy e Kim iniciam a parceria que tem tudo para dar certo, já que cada um poderá manter seu modus operandi jurídico. Ela andando na linha e ele engambelando sempre que possível.
A única coisa nada previsível de Fifi foi a reação de Kim ao saber que tinha conquistado o coração do pessoal do Mesa Verde. A felicidade dela infelizmente durou pouquíssimo, mas foi o suficiente para vermos uma Kim menos retraída e mais entregue aos sentimentos. Parece que Jimmy tem esse poder sobre ela, pois, perto de outras pessoas (principalmente Howard) é como se Kim estivesse presa, como se seus discretos tailleurs fossem armaduras.
Jimmy sabia que o começo da parceria, assim como todo começo, seria difícil, mas foi impossível engolir mais uma passada de perna de Chuck. Tão impossível que o caçula arranjou um jeito, obviamente questionável e ilegal, de dar o troco em seu irmão e no HHM. Quase enxergamos um pouco de arrependimento nos olhos do advogado, mas já era tarde demais e as consequências disso tudo ficarão para os episódios finais da temporada.
Mesmo com a raiva entalada na garganta, Jimmy não deixa de se fazer presente no momento em que a saúde de Chuck chama. Como sempre, ele faz questão de passar a noite com o irmão e deixá-lo em uma vibe mais tranquila antes de atacar e discutir. Mais um desenho da trama que se tornou previsível e um pouco tedioso.

Mike continua vivendo um drama totalmente apartado de Jimmy e que é abordada de forma um tanto quanto superficial. Após cumprir sua parte do acordo, o ex-policial mantém os olhos próximos e atentos aos negócios dos Salamanca. A torcida é para que ele consiga executar uma emboscada bem sucedida e colocá-los na parede.
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