
Tem uns papos aí de que o saudosismo bate uns 20 anos depois. Por isso, nessa década de 2010, as ~festcheenhas~ temáticas dos anos 1990 lotavam casas. E por isso as temáticas dos anos 1980 fizeram da Trash '80s um sucesso nos anos 2000.
Ainda não chegamos em 2020, mas a Netflix e seu algoritmo metralhadora de séries parece não se importar. E quem somos nós para reclamar? 😉
Quem era mais novinho na década em que The Killers, Le Tigre e Rihanna despontaram, começará a viver tudo isso de novo. Se você estava esperando a onda 2000 chegar mais para frente, saiba que essa largada foi queimada pela série Girl Boss, novo sucesso dos textões nas redes sociais.
E por qual razão é tão legal? É legal pois quem era jovem nos anos 2000 provavelmente leva uma vida mais carregada agora. E é gostoso relembrar como as coisas eram simples antes. Mesmo sem termos Smartphones, Uber, Facebook ou Whatsapp. Ou justamente por isso.
É gostosa de ver por lembrar como a revolução tecnológica da época começava a mudar os hábitos de uma nova geração. Uma época na qual o desenvolvimento dava esperança e inspirava. Era a época na qual jovens tomavam "manchetes" de jornal por serem os mais novos milionários a frente de empresas.

Tudo era disruptivo, e quem poderia imaginar que chegaríamos até aqui? Obrigado, Internet.
Não é apenas um resgate do fashion, ou das músicas da época; Mas também das referências da cultura pop, dos eventos, dos hábitos e dos choques trazidos pelo fim da adolescência e da nova vida. A gente já era adulto para pagar contas, mas jovem demais para lidar com a morte de Marissa Cooper.
Era o início de festivais como Coachela (que na real, começou em 1999), o auge do MySpace e da internet marota que sim, já existiu. A imprensa estava maluca acompanhando o julgamento do criador do Napster; Harry Potter dava novo sentido à leitura e iniciava uma das franquias mais rentáveis do cinema…
E você vai assistir a tudo isso, lembrando que viveu naquela época, junto a outros zilhões de memórias pessoais que serão engatilhadas por referências oras claras, oras bem sutis.
Chega a ser meio Inception, já que é justamente nessa época que o vintage desponta como tendência para a massa. Portanto, a moda que vemos na série sobre os anos 2000, é a moda de outra era. E todo mundo queria resgatar o antigo, enquanto a tecnologia nos empurrava para a frente. Nos dava segurança. O mundo estava mudando, mas não estava mudando.

Não à toa, a protagonista paga suas contas vendendo roupas de brechó num site de leilão que despontava, o e-bay.
Ainda se lia livros para aprender coisas como "Internet". Era o real choque do velho com o novo. Tem algo mais anos 2000 do que isso?
E se você não viveu os anos 2000 com tanta intensidade, não fique chateado. Será encantador conhecer e reconhecer essa época agora, no início da sua vida adulta. Relembrar acontecimentos e compreender de fato o impacto que eles tiveram nos dias de hoje.
Sobre a série
Girl Boss conta como a então desajustada Sophia (Britt Robertson, Tomorrowland, The Secret Circle, Life Unexpected) compreende e une suas descobertas e seu amor pela moda, às novas possibilidades profissionais e tecnológicas, tornando-se uma mulher de negócios como nenhuma outra de sua época. Todavia, enquanto seu novo negócio se desenvolve, ela precisa aprender a ser dona da própria vida.
A série é baseada no livro homônimo, que é um best-seller da empresária Sophia Amoruso. Hoje, Sophia é CEO de um e-commerce e deve estar muito contente em rever seu passado em uma comédia de 30 minutos.
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